Finalmente entramos na metade de nosso mock, e junto com a
terceira parte começamos uma fase onde as equipes não apresentam problemas
estruturais tão visíveis como nos picks anteriores. A partir de agora veremos
elencos sólidos, onde as escolhas servirão para preenchimentos estratégicos,
tanto para o roster atual, como para planejamento e manutenção do elenco para o
futuro. Veremos equipes que não se qualificaram para os Playoffs (com exceção
de Calgary) por questão de equilíbrio da liga, mas que possuem um Roster forte
para voltar aos offs na próxima temporada.
Seguindo esse pensamento, apresentamos nossos picks para as
escolhas de 11 a 15 do Draft de 2015:
11 – FLORIDA PANTHERS
MIKKO RANTANEN (Center/Right Wing) – TPS TURKU
(Liiga)
56gp – 9g + 19a – 28p
(-1)
Flórida pela primeira vez em MUITO tempo possue um roster de
NHL com legítimos 1C e 2C. A Top Line de Flórida é impecável do jeito que está
com Huberdeau, Barkov e Jagr, o que os Panthers precisam é de um Right wing
para Bjugstad. Mikko Rantanen pode vir a ser perfeito para esse papel. Apesar de seu tamanho (1,93m e 95kg) o jovem é
tido mais como um habilidoso winger que um Power Forward. O jogo de Rantanen
não é particularmente físico, sendo esse um dos defeitos em seu jogo, mas é
cheio de explosão e criação. Rantanen possue um ótimo QI para o Hockey, sabendo
onde se posicionar e como se movimentar, com ou sem o puck. Além da falta de
presença física no forecheck ou backcheck, Rantanen também necessita aprimorar
seu tiro e sua habilidade de patinação, mas esses são elementos que valem a
pena investir no desenvolvimento, se levarmos em conta suas virtudes. Inteligente
e habilidoso o jovem consegue jogar tanto de Center, quanto em ambas as Wings.
Outro detalhe que vale lembrar é que Rantanen já joga entre adultos desde o ano
passado, e teve uma fantástica temporada anotando 28 pontos. Se Rantanen sobrar
para 11º já é motivo para Florida celebrar.
12 – DALLAS STARS
TIMO MEIER (Right Wing) – HALIFAX MOOSEHEADS (QMJHL)
61gp – 44g + 46a –
90p (+20)
A Top Line de Dallas é com certeza uma das mais ameaçadoras
da Liga com o combo Tyler Seguin e Jamie Benn. Adicione Nichushkin a essa linha
(quando saudável), e temos uma fantástica combinação de arsenal ofensivo com um
forecheck avassalador. O que Dallas precisa? Ataque secundário. Jason Spezza,
apesar de ainda produtivo, está praticamente sozinho na segunda linha, e Timo
Meier pode ser uma escolha que o ajudaria a retomar a produção que um dia ele
teve em Ottawa. De tiro rápido e preciso, Meier, em sua segunda temporada na Q
anotou mais de 40 gols. Nicolas Ehlers pode ter um pouco a ver com a produção
do Winger suíço, mas desconsiderar sua alta produtividade ofensiva com o
argumento de que ele jogou ao lado de um dos melhores prospects na Liga, é como
dizer que ele não dará certo na NHL pq ele não jogará com ninguém de talento. O
jovem é rápido e sabe criar oportunidades para colocar o puck no fundo do gol,
e apesar de não ser muito alto tem um porte físico avantajado. Sua patinação
melhorou muito da temporada passada para essa, o que propiciou a ele se tornar
um jogador que consegue jogar tanto em uma linha habilidosa criando ameças
ofensivas, como em uma Shutdown line num papel mais defensivo.
13 – LOS ANGELES KINGS
KYLE CONNOR (Center) – YOUNGSTOWN PHANTOMS (USHL)
56gp – 34g + 46a –
80p (+3)
Essa parece uma escolha fácil para Los Angeles. Os Kings
possuem atualmente um time muito balanceado entre ataque e defesa, e ainda tem
o luxo de ter uma equipe farm que é sem dúvida a melhor entre todas na AHL
atualmente. Apesar da “péssima” temporada, o time não precisa de ajustes
gritantes, e consegue até mesmo encontrar na própria franquia as possíveis
soluções. Esse cenário dá a Los Angeles
uma posição confortável para escolher o Melhor Jogador Disponível, e se
considerarmos o sistema e estilo de jogo dos Kings, Kyle Connor é esse jogador.
Tido como um dos melhores Centers Two-Way desse draft, além de veloz e
inteligente, o jovem já possui habilidades de patinação no nível NHL. Connor
consegue dominar as 3 zonas do gelo pela sua excelente noção de posicionamento,
e costura as defesas adversárias como ninguém para abrir espaço para seus
wingers ou para ele mesmo sair na cara do gol. O estilo do jovem é perfeito
para os Kings que tem um roster formado por jogadores talentosos que são
responsáveis defensivamente, e se Connor desenvolver como o esperado nos
próximos anos da NCAA, pode vir até a se tornar o #1C da franquia.
14 – BOSTON BRUINS
TRAVIS KONECNY (Center/Right Wing) – OTTAWA
67´S (OHL)
60gp – 29g + 39a –
68p (-1)
Escolhendo Travis Konecny, Boston ganha mais uma peça
rápida, intensa e destemida para sua line-up. Apesar da Defesa começar a ser
uma questão a ser tratada em Boston, principalmente com Chara chegando a fase
de declínio de seu jogo, Konecny é um jogador muito valioso para se passar,
ainda mais para um time que presa um jogo de pressão. O jovem possui velocidade
e aceleração incríveis e sabe muito bem como usá-las, tanto para fazer cycle
game, como para se atirar no Forecheck ou até mesmo para quebrar a defesa em
uma transição de alta velocidade. Konecny é muito ágil com as mãos, tem um
ótimo controle de puck e excelente visão do gelo que permite deixar seus
companheiros em ótimas situações de gol. O lado negativo de Konecny é sua
altura (1,78m e 80kg), mas isso não é tanto um problema se considerarmos que
ele tem espaço para crescer seu porte físico, e mesmo com seu tamanho surpreende
com um jogo de muita fisicalidade. Travis Konecny pode se tornar uma ferramenta
mortal para Boston jogando na Wing de Bergeron ou Krejci.
15 – CALGARY FLAMES
THOMAS CHABOT (Defense) – SAINT-JOHN SEA DOGS (QMJHL)
66gp – 12g + 29a –
41p (+6)
Olhando para o Roster de Calgary, tanto o ataque quanto a
defesa da equipe possuem futuros promissores. Gaudreau, Bennett, Granlund e
Monahan comandam um ataque jovem e já bastante ofensivo, e Brodie e Giordano
uma defesa sólida que levou o time aos playoffs depois de cinco anos fora dos
playoffs. Se olharmos para a pool da equipe, vemos que os dois setores podem
ser explorados, mas o que nos leva a escolher Thomas Chabot nesse primeiro
round? Basicamente, o tempo. Apesar de ser um time jovem, devemos lembrar que
um prospect defensivo leva mais tempo de desenvolvimento que um ofensivo e a
defesa dos Flames, tirando Brodie é formada, em sua maioria, por jogadores de
mais de 30 anos. Chabot é um prospect que pode enriquecer muito o core
defensivo de Calgary. É um jogador Two-Way, com ótima visão do gelo, enorme
mobilidade e habilidoso com o puck. É projetado como um sólido defensor
All-Around que “devorará” muitos minutos por partida para a equipe.
Na nossa próxima parte teremos a segunda escolha de
Edmonton, e as primeiras escolhas de Winnipeg, Ottawa, Detroit e Minnesota. A
partir de agora as escolhas serão de times playoffs! Críticas ou elogios,
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