segunda-feira, 8 de junho de 2015

O MOCK - PARTE 3


Finalmente entramos na metade de nosso mock, e junto com a terceira parte começamos uma fase onde as equipes não apresentam problemas estruturais tão visíveis como nos picks anteriores. A partir de agora veremos elencos sólidos, onde as escolhas servirão para preenchimentos estratégicos, tanto para o roster atual, como para planejamento e manutenção do elenco para o futuro. Veremos equipes que não se qualificaram para os Playoffs (com exceção de Calgary) por questão de equilíbrio da liga, mas que possuem um Roster forte para voltar aos offs na próxima temporada.

Seguindo esse pensamento, apresentamos nossos picks para as escolhas de 11 a 15 do Draft de 2015:


11 – FLORIDA PANTHERS
MIKKO RANTANEN (Center/Right Wing) – TPS TURKU (Liiga)
56gp – 9g + 19a – 28p (-1)

Flórida pela primeira vez em MUITO tempo possue um roster de NHL com legítimos 1C e 2C. A Top Line de Flórida é impecável do jeito que está com Huberdeau, Barkov e Jagr, o que os Panthers precisam é de um Right wing para Bjugstad. Mikko Rantanen pode vir a ser perfeito para esse papel.  Apesar de seu tamanho (1,93m e 95kg) o jovem é tido mais como um habilidoso winger que um Power Forward. O jogo de Rantanen não é particularmente físico, sendo esse um dos defeitos em seu jogo, mas é cheio de explosão e criação. Rantanen possue um ótimo QI para o Hockey, sabendo onde se posicionar e como se movimentar, com ou sem o puck. Além da falta de presença física no forecheck ou backcheck, Rantanen também necessita aprimorar seu tiro e sua habilidade de patinação, mas esses são elementos que valem a pena investir no desenvolvimento, se levarmos em conta suas virtudes. Inteligente e habilidoso o jovem consegue jogar tanto de Center, quanto em ambas as Wings. Outro detalhe que vale lembrar é que Rantanen já joga entre adultos desde o ano passado, e teve uma fantástica temporada anotando 28 pontos. Se Rantanen sobrar para 11º já é motivo para Florida celebrar.


12 – DALLAS STARS
TIMO MEIER (Right Wing) – HALIFAX MOOSEHEADS (QMJHL)
61gp – 44g + 46a – 90p (+20)

A Top Line de Dallas é com certeza uma das mais ameaçadoras da Liga com o combo Tyler Seguin e Jamie Benn. Adicione Nichushkin a essa linha (quando saudável), e temos uma fantástica combinação de arsenal ofensivo com um forecheck avassalador. O que Dallas precisa? Ataque secundário. Jason Spezza, apesar de ainda produtivo, está praticamente sozinho na segunda linha, e Timo Meier pode ser uma escolha que o ajudaria a retomar a produção que um dia ele teve em Ottawa. De tiro rápido e preciso, Meier, em sua segunda temporada na Q anotou mais de 40 gols. Nicolas Ehlers pode ter um pouco a ver com a produção do Winger suíço, mas desconsiderar sua alta produtividade ofensiva com o argumento de que ele jogou ao lado de um dos melhores prospects na Liga, é como dizer que ele não dará certo na NHL pq ele não jogará com ninguém de talento. O jovem é rápido e sabe criar oportunidades para colocar o puck no fundo do gol, e apesar de não ser muito alto tem um porte físico avantajado. Sua patinação melhorou muito da temporada passada para essa, o que propiciou a ele se tornar um jogador que consegue jogar tanto em uma linha habilidosa criando ameças ofensivas, como em uma Shutdown line num papel mais defensivo.


13 – LOS ANGELES KINGS
KYLE CONNOR (Center) – YOUNGSTOWN PHANTOMS (USHL)
56gp – 34g + 46a – 80p (+3)

Essa parece uma escolha fácil para Los Angeles. Os Kings possuem atualmente um time muito balanceado entre ataque e defesa, e ainda tem o luxo de ter uma equipe farm que é sem dúvida a melhor entre todas na AHL atualmente. Apesar da “péssima” temporada, o time não precisa de ajustes gritantes, e consegue até mesmo encontrar na própria franquia as possíveis soluções.  Esse cenário dá a Los Angeles uma posição confortável para escolher o Melhor Jogador Disponível, e se considerarmos o sistema e estilo de jogo dos Kings, Kyle Connor é esse jogador. Tido como um dos melhores Centers Two-Way desse draft, além de veloz e inteligente, o jovem já possui habilidades de patinação no nível NHL. Connor consegue dominar as 3 zonas do gelo pela sua excelente noção de posicionamento, e costura as defesas adversárias como ninguém para abrir espaço para seus wingers ou para ele mesmo sair na cara do gol. O estilo do jovem é perfeito para os Kings que tem um roster formado por jogadores talentosos que são responsáveis defensivamente, e se Connor desenvolver como o esperado nos próximos anos da NCAA, pode vir até a se tornar o #1C da franquia.


14 – BOSTON BRUINS
TRAVIS KONECNY (Center/Right Wing) – OTTAWA 67´S (OHL)
60gp – 29g + 39a – 68p (-1)

Escolhendo Travis Konecny, Boston ganha mais uma peça rápida, intensa e destemida para sua line-up. Apesar da Defesa começar a ser uma questão a ser tratada em Boston, principalmente com Chara chegando a fase de declínio de seu jogo, Konecny é um jogador muito valioso para se passar, ainda mais para um time que presa um jogo de pressão. O jovem possui velocidade e aceleração incríveis e sabe muito bem como usá-las, tanto para fazer cycle game, como para se atirar no Forecheck ou até mesmo para quebrar a defesa em uma transição de alta velocidade. Konecny é muito ágil com as mãos, tem um ótimo controle de puck e excelente visão do gelo que permite deixar seus companheiros em ótimas situações de gol. O lado negativo de Konecny é sua altura (1,78m e 80kg), mas isso não é tanto um problema se considerarmos que ele tem espaço para crescer seu porte físico, e mesmo com seu tamanho surpreende com um jogo de muita fisicalidade. Travis Konecny pode se tornar uma ferramenta mortal para Boston jogando na Wing de Bergeron ou Krejci.


15 – CALGARY FLAMES
THOMAS CHABOT (Defense) – SAINT-JOHN SEA DOGS (QMJHL)
66gp – 12g + 29a – 41p (+6)

Olhando para o Roster de Calgary, tanto o ataque quanto a defesa da equipe possuem futuros promissores. Gaudreau, Bennett, Granlund e Monahan comandam um ataque jovem e já bastante ofensivo, e Brodie e Giordano uma defesa sólida que levou o time aos playoffs depois de cinco anos fora dos playoffs. Se olharmos para a pool da equipe, vemos que os dois setores podem ser explorados, mas o que nos leva a escolher Thomas Chabot nesse primeiro round? Basicamente, o tempo. Apesar de ser um time jovem, devemos lembrar que um prospect defensivo leva mais tempo de desenvolvimento que um ofensivo e a defesa dos Flames, tirando Brodie é formada, em sua maioria, por jogadores de mais de 30 anos. Chabot é um prospect que pode enriquecer muito o core defensivo de Calgary. É um jogador Two-Way, com ótima visão do gelo, enorme mobilidade e habilidoso com o puck. É projetado como um sólido defensor All-Around que “devorará” muitos minutos por partida para a equipe.



Na nossa próxima parte teremos a segunda escolha de Edmonton, e as primeiras escolhas de Winnipeg, Ottawa, Detroit e Minnesota. A partir de agora as escolhas serão de times playoffs! Críticas ou elogios, compartilhe conosco, adoramos um debate.

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